ONG CARAÍVAVIVA movimenta Caraíva com oficinas para jovens do vilarejo
O isolamento dos grandes centros, aliado à dificuldade de acesso garantiu ao vilarejo de Caraíva, localizado a pouco mais de 60 km de Porto Seguro, uma característica singular no que diz respeito à preservação ambiental. Mas, ao mesmo tempo, proporcionou por longa data pouca acessibilidade aos recursos que tem por papel proporcionar melhorias em áreas como a cultura, educação, saúde e sustentabilidade.
Atentos a esta lacuna, três apaixonados pelo vilarejo idealizaram em 2009 a possibilidade da fundação da ONG CARAÍVAVIVA. São eles o francês Daniel Bangalter e os brasileiros Mônica Viana e Abdalio Paes Landim Bastos.
No começo as atividades se restringiam à reprodução de filmes para crianças na beira do rio. Na sequência vieram atividades que possuíam grande identidade com o vilarejo, como as oficinas de capacitação para pescadores e de bordado para mulheres. Assim, a ONG começou a ganhar forma com aulas de dança afro e yoga, além de contação de história.
Atualmente, a ONG mantem em funcionamento 16 oficinas que atendem aproximadamente 130 crianças e adolescentes do local. São cursos de inglês, artes plásticas, música, dança, costura e bordado, capoeira, boxe, entre outras.
Contudo, o trabalho realizado pela ONG não conta hoje com patrocínio. O antigo colaborador se afastou no início do mês de março motivado por questões externas, de política nacional. Diante disso, as atividades seguem acontecendo com suporte de doações particulares.
De acordo com os administradores da ONG CARAÍVAVIVA, o custo anual de cada oficina pode alcançar R$ 10 mil reais, o que inclui pagamento de professores, uniforme e refeição dos alunos, material didático, entre outras necessidades do dia a dia.
Neste momento os esforços da organização estão voltados para manter as atividades em funcionamento sem prejudicar o objetivo maior, que é o de proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos moradores de Caraíva. E a nova geração de moradores conta com esta conquista.