Drogas: Conheça os Tipos de Drogas e Como Elas Reagem no Seu Organismo!

Quem nunca ouviu dizer que o uso esporádico do álcool e até mesmo drogas como a maconha não faz mal a saúde, ou que é difícil se viciar em bebidas alcoólicas? A ciência mostra que tais afirmações não são verdadeiras. Segundo os especialistas, todas as drogas podem produzir dependência, porém nem todas as pessoas são predispostas a desenvolver alguma doença relacionada ao uso dessas substâncias.

É comum que jovens universitários experimentem drogas como a maconha. E mais comum ainda é ouvir das pessoas, que fumar uma vez por semana não faz mal á saúde. Mas os psiquiatras alertam que pesquisas recentes revelam que o uso precoce e continuado da maconha aumenta e chance de a pessoa vir a ter esquizofrenia.

 

Uso de droga não traz benefícios.

 

Já no caso de bebidas alcoólicas existe, sim, a possibilidade do consumo sem risco á saúde. Em uma média populacional, uma dose de menor risco para o homem são dois drinques; para a mulher apenas um drinque, porém, caso a mulher esteja grávida, ou, para qualquer gênero, haja dependência, diabetes ou hipertensão, não há nível seguro para consumo de bebida alcoólica.

 

O surgimento das drogas e como elas agem

 

As substâncias psicoativas tem feito parte da história da humanidade. Há milhares de anos certas plantas tem sido utilizadas para beneficio do corpo, da mente e do espírito. O ópio, por exemplo, é usado há muito tempo para alívio da dor.

 

No que diz respeito á origem, as drogas psicoativas podem ser divididas em três grupos:

 

  • Naturais: certas plantas contêm princípios psicoativos, que funcionam como matéria-prima na separação da substância, que é extraída e purificada;
  • Semissintéticas: resultam de manipulações químicas realizadas, nas drogas naturais, em ambiente de laboratório;
  • Sintéticas: são produzidas, unicamente, por manipulações químicas em laboratório e não dependem, para sua confecção, de substâncias vegetais ou animais como matéria prima.

 

Existem vias principais de administração de substâncias:

 

  • Via Oral: é o método mais comum de uso e envolve comprimidos, líquidos e pós. Um importante aspecto refere-se á baixa velocidade com que as drogas ingeridas por essa via são absorvidas pela corrente sanguínea.
  • Via transdérmica: envolve e aplicação da substância sobre mucosas ou a pele. As mucosas são áreas úmidas, presentes em diversa partes do corpo, tais como boca, nariz, olhos, reto, vagina, entre outras. O método que utiliza a absorção da droga pela mucosa, é eficiente e rápido;
  • Injetável e inalada.

 

Droga injetável.Droga inalada.

 

A partir dos mecanismos de ação no sistema nervoso central, as substâncias psicoativas subdividem-se nas seguintes classes:

 

  • Depressoras: Promovem uma redução das atividades cerebrais e das funções orgânicas de modo geral. Exemplos: álcool e morfina, etc.
  • Estimulantes: essa classe de drogas, conhecida como estimulantes do sistema nervoso central, inclui uma variedade de substâncias que tem em comum a propriedade de aumentar a atividade cerebral. Exemplos cocaína, anfetamina, nicotina, cafeína.
  • Perturbadoras ( alucinógenas): alteram a percepção e o senso de tempo e de espaço. Exemplos: maconha, LSD, mescalina.
  • Medicações psiquiátricas: incluem drogas utilizadas no tratamento de transtornos mentais, crônicos ou não. Exemplos: antipsicóticos, antidepressivos, estabilizadores do humor.

 

Depressoras do sistema nervoso central

 

Etanol-álcool

 

Apesar das grandes variações individuais, os efeitos da ingestão dessa substância dependem de sua concentração sanguínea. Essas concentração no sangue é expressa em miligramas ou gramas de etanol por decilitro. A ingestão alcoólica é responsável por uma série de efeitos depressivos no sistema nervoso central , desde leve sedação e relaxamento até anestesia, coma e óbito por parada respiratória.

 

O álcool pode causar parada respiratória.

 

Opioides

 

OS opiáceos são drogas derivadas do ópio e incluem uma ampla variedade de substâncias naturais, como o próprio ópio, além de morfina, codeína, tebaína, e semissintéticas, como heroína e outros. O uso de opioides é associado á sérios agravos á saúde, que incluem abscessos, reações e infecções nas áreas de administração, overdose, aborto espontâneo, colapso de veias e contágio de doenças infecciosas, como a AIDS e a hepatite, realizada a falta de esterilização dos instrumentos utilizados na administração da substância.

 

O método mais comum para administração de opioides é a injeção endovenosa

 

No que tange especificadamente a heroína, seus efeitos em curto prazo aparecem logo após a administração da dose, desaparecendo em poucas horas, incluem:

 

  • Alívio da dor; euforia; intensa sensação de bem-estar; boca seca, enquanto alguns usuários sentem relaxamento e sonolência, em outro há manifestação de loquacidade e intensa atividade; redução da capacidade visual e comprometimento da visão noturna;
  • Lentidão de frequência respiratória, que se torna mais pronunciada em altas doses;
  • Náusea e vômito; redução do apetite, constipação;
  • Redução da libido; sensação de coceira ou ardência na pele; leve redução da temperatura; sudorese.

 

Em doses altas, a heroína é capaz de levar o usuário ao sono profundo, o que pode evoluir para coma.

 

Os casos de óbito estão relacionados habitualmente a falência respiratória ou a outras complicações respiratórias e cardiovasculares.

 

Solventes voláteis

 

Os inalantes de uso mais comum são os solventes voláteis ( hidrocarbonetos), produzidos a partir do petróleo e do gás natural. são exemplos: thinner, gasolina e cola. O termo volátil significa que essas substâncias evaporam quando em contato com o ar, e solventes por serem capaz de se dissolver outras substâncias.

 

Usuários de drogas.

 

A via de administração é por inalação, e os efeitos surgem rapidamente após a primeira absorção, e aqueles manifestados em um período curto de uso incluem:

 

  • Diminuição das funções corporais, tontura, comparado com o álcool, os solventes produzem uma intoxicação mais rápida. podem ocorrer também: loquacidade, comprometimento da coordenação motora e fraqueza muscular, diminuição dos reflexos, discurso incompreensível. alguns usuários apresentam sintomas psicóticos, como delírio, desorientação e alucinações;
  • Frequência cardíaca irregular; Tosse, inflamação e hemorragia nasal; depressão respiratória;
  • dores nas articulações e músculos; náusea, vômito e diarreia.

 

Os danos causados pelo uso crônicos de solventes podem levar ao óbito e estão muitas vezes associados á falência cardíaca e á depressão respiratória.

 

Anfetaminas

 

As anfetaminas são drogas sintéticas produzidas pela indústria farmacêutica e por laboratórios ilegais. Seu uso terapêutico inclui tratamento da narcolepsia (episódios incontroláveis do sono), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é parkinson.

 

Anfetaminas.

 

Em geral a via de administração é oral, injetada ou fumada, e os efeitos relativos a curtos períodos de uso têm a seguinte apresentação:

 

  • Alta estimulação; agitação; tontura; insônia; disforia; leve confusão tremor; pânico; redução de apetite; dilatação das pupilas; redução da fadiga; aumento geral da atividade psicomotora; exaltada sensação de bem estar;
  • Palpitações; frequência cardíaca irregular; dor de cabeça; elevação da pressão arterial;
  • Secura de boca; gosto desagradável constipação ou diarreia; cólicas abdominais;
  • Aumento ou a diminuição da libido; possível impotência temporária;

 

Em doses mais altas:

 

  • Intensa sensação de euforia, aceleração do curso do pensamento, sensação de aumento de força física e da capacidade intelectual, loquacidade, excitação, agitação, pânico ou irritabilidade;
  • Hemorragia cerebral; febra alta; coma
  • Ritmo cardíaco anormal; aumento ou diminuição da pressão arterial; infarto do miocárdio e colapso cardiovascular.

 

OS efeitos gerados pelo uso contínuo da substância incluem:

 

  • Alterações crônicas de sono, ansiedade e tensão, redução de apetite, aumento da pressão arterial, batimentos cardíacos irregulares, idéias paranoides, agitação grave.

 

O uso de anfetaminas podem levar a óbito. As causas estão associadas á overdose e abrangem ruptura de vasos sanguíneos cerebrais, hipertermia, falência cardíaca, convulsões e coma.

 

O uso da anfetamina pode levar ao óbito.

 

Ecstasy

 

O ecstasy é um entre vários alucinógenos associados a anfetamina. chamada de droga sintética, é uma substância alucinógena com propriedades estimulantes.

 

O ecstasy é, em geral, usado por via oral, e seus efeitos com uso em curto período se apresentam da seguinte forma:

 

  • Leve intoxicação e euforia, intensa sensação de prazer, capacidade empática exacerbada, incremento de auto estima, aumento da sociabilidade e facilidade de comunicação leves alterações na percepção visual, visão embaçada, depressão e ou ansiedade com episódios de pânico;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Perda de apetite, náusea e vômito;
  • Dores musculares, ranger de dentes.

 

Os sintomas podem persistir até o dia posterior, como: insônia, fadiga, dor muscular na região da mandíbula, perda de equilíbrio e dor de cabeça.

 

Os efeitos do ecstasy incluem distúrbios psíquicos, como alucinações e distorção da percepção.

 

Os relatos referentes aos efeitos com o uso contínuo da substância, tendem a apontar a presença de desconforto físico, perda de peso, exaustão, irritabilidade, paranoia, depressão e outros.

 

Os óbitos relacionados aos casos de ecstasy, em geral, estão relacionados á falência renal ou cardiovascular induzida por hipertermia ( aumento da temperatura corporal) e desidratação.

 

Cocaína

 

A cocaína é um alcaloide extraído das folhas da coca. A maceração da folha da coca com adição de certos produtos gera uma pasta de natureza alcalina, chamada pasta de base de cocaína. as vias principais de administração são: intranasal, fumada e injetada.

 

Pasta de cocaína

 

Os efeitos em curto período de uso envolvem:

 

  • Intensa euforia seguida de um estado grave de agitação, ansiedade, rápida fuga de idéias, tremores, espasmos musculares, convulsões, dor de cabeça, vaso constrição cerebral, acidente vascular cerebral hemorrágico e infarto cerebral;
  • Aumento da pressão arterial, bradicardia, arritmia cardíaca, isquemia miocárdica, dissecção da aorta;
  • Náusea e vômito;
  • Respiração irregular, edema pulmonar, e outro danos pulmonares, como hemorragia.

 

O usuário pesado de cocaína tende á:

 

  • Apresentar nervosismo e agitação e podem ocorrer bruscas mudanças de humor;
  • alterações do sono, transtornos alimentares e disfunção sexual( impotência);
  • Atrofia cerebral e prejuízos das funções neuro psicológicas;
  • Aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos e irregulares.

 

Outros danos dependem da via de administração utilizada. por exemplo, quando a substância é administrada por via intranasal, a constrição dos vasos sanguíneos localizados na mucosa nasal, pode levar a prejuízos no tecido local e perfuração do septo nasal.

 

Sintomas psicóticos.

 

Crack

 

Está todos os dias nos jornais e na esquina das cidades para quem quiser ver: o crack está se espalhando pela população, especialmente entre os jovens. Estima-se que no brasil some 1,2 milhão de usuários de droga.

 

O crack é uma forma de apresentação mais barata da cocaína, tem caráter sólido, conhecido como "pedra", e é um subproduto da pasta da coca que, aquecido, pode ser fumado. Suas principais características são:

 

  • Droga com perfil de alto potencial de dependência;
  • curto tempo entre a administração e o aparecimento dos efeitos ( 8 segundos)- mais rápido quando comparado a outras formas de uso da cocaína;
  • duração muito breve dos efeitos ( cerca de 5 minutos);
  • Seus efeitos iniciais são intensa euforia, sensação de onipotência e autoconfiança;
  • Término dos efeitos- em geral acompanhado de disforia, compulsão e "fissura".

 

Seu padrão de uso é denominado binge ( padrão de uso repetitivo) que pode ter duração de dias. No período de consumo repetitivo, o indivíduo não se alimenta, não tem cuidados básicos de higiene, tampouco com a sua aparência, e não dorme.

 

As ações preventivas devem atingir pessoas que ainda não são dependentes.

 

Vale dizer: dependência química é uma doença e, como tal, deve ser tratada prioritariamente por médicos, em especial os psiquiatras, para orientação, pelos conhecimentos técnicos e evidências científicas, livre de achismos ou da colocação do dependente químico na condição de de vítima social.

 

Abaixo usuários de drogas espalhados pelo Brasil:

 

  

 

 

 

Nicotina

 

A nicotina é uma poderosa substância psicoativa que tem um complexo mecanismo de ação. Trata-se de uma amina terciária volátil. É mais consumida na forma de cigarro, mas pode ser encontrado no charuto, no cachimbo, no tabaco mascado, entre outro produtos.

A nicotina é administrada em fins terapêuticos para o tratamento do tabagismo e alívio dos sintomas de abstinência.

A nicotina é absorvida pelo organismo, incluindo pulmões, boca, mucosa nasal. pele e aparelho gastrointestinal. Ao fumar um cigarro, a nicotina atinge rapidamente o sistema circulatório e estima- se que chegue ao cérebro em torno de 10 a 20 segundos.

 

Para o fumante passivo, a inalação da fumaça expelida pode causar dor de cabeça, tontura, náusea, cólica abdominal.

 

Embora os efeitos do contato inicial com a substância sejam, via de regra, desagradáveis, e marcados por dor de cabeça, nervosismo, insônia. tosse e náusea, a tendência é que cedam rapidamente e apareçam outros, característicos do seu uso em um curto período de tempo, tais como sensação de bem-estar, aumento da concentração e relaxamento.

A nicotina atinge o cérebro cerca de 10 a 20 segundos.

O tabaco apresenta a mai s extensa causa de doença já investigada e documentada na história da pesquisa biomédica.

Cannabis- Maconha

 

O principal psico ativo dessa droga é o THC ( delta-9- Tetrahidrocannabinol), uma substância com propriedades alucinógenas menos potentes do que o LSD.

 

Maconha.

 

Os efeitos em um curto período podem apresentar-se da seguinte maneira:

 

  • Redução da inibição; loquacidade; relaxamento; sonolência; sensação de bem -estar; distorção da percepção; manifestação de gargalhadas espontâneas; redução da força muscular;
  • irritação das mucosas do sistema respiratório e broncodilatação;
  • aumento de apetite; secura da boca e da garganta.

 

Pesquisa tem apontado que o uso crônico da substância gera alterações na área do hipocampo ( cérebro), levando a um comprometimento no sistema de processo de informação, crucial para a aprendizagem, a memória e a integração entra experiências sensórias, emoções e motivação.

 

Além disso, seu uso crônico pode estar associado a problemas psiquiátricos e respiratórios, com a manifestação de tosse e de sintomas de bronquite crônica.

 

 

 

Fonte: www.artigos.com

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