Você gosta do mundo em que vive?

Você gosta do mundo em que vive? Você gosta da cultura que produzimos em nossa sociedade? Por que o mundo anda tão conflitante com aquilo que gostaríamos de viver? Às vezes eu tenho a impressão de que o ser humano tem uma inclinação à autodestruição.

Dedique alguns dias à observação do comportamento da sociedade e você entenderá o que estou dizendo.

Provavelmente você irá perceber que é muito mais tentador e comum cultivarmos hábitos que nos degradam moral, psíquica e fisicamente. Parece que pouco se faz e investe na promoção das virtudes e harmonias sociais e pessoais.

Trabalho com iniciativas sociais desde 2008, e acredite, nesse mundo conturbado eu cancelei projetos de promoção social e de saúde por falta de pessoas; e as razões para isso são compreensíveis, afinal, temos valores diferentes e por isso temos prioridades diferentes. E é sobre esse ponto que gostaria de redigir essa matéria. Já pararam por alguns instantes, nesse ciclo hiperativo dos dias contemporâneos, para se perguntar quais são seus valores e quais são suas prioridades?

Antes, entenda que minha intenção não é fazer apologia a nenhuma ideologia; mas é inegável que na vida existe uma condição lógica de causa e efeito, ou seja, seus hábitos e conduta terão reflexos a posteriori; e por mais nobres que sejam, ainda assim haverá sempre consequências. E para não correr o risco de ser tendencioso prefiro deixá-los com questões que lhe levem à reflexão.

A priori é importante que você entenda que, por definição, cultura é um produto da inteligência humana e que essa mesma cultura influencia direta e proporcionalmente a construção do caráter desse mesmo humano; é um mecanismo de retroalimentação. Pois bem, já se perguntaram o cultivo de determinados valores têm na formação do caráter de nossa sociedade? O que esperar de uma sociedade sustentada pelo pragmatismo – “filosofia dos resultados”?

Aparentemente não parece impróprio, e realmente não é, se você faz algo para alcançar resultados. Mas o que acontece quando esses resultados são pautados na ostentação dos excessos? E quando a referência de vida boa é o popularmente conhecida como “vida louca”?

O que acontece quando nossas crianças são expostas a uma cultura de luxúria? O que acontece quando incentivamos a competitividade?

O que acontece quando achamos normal e até excitante a violência irracional? O que acontece quando o prazer pessoal se sobrepõe à ética?

São só alguns pontos de observação. Junte essas condições ao pragmatismo maquiavélico, onde bom é aquilo que lhe faz bem e uma vida virtuosa é uma vida em que você alcança seus objetivos, não importa como; e entenderá que há um terreno fértil para formação de psicopatas; não é exagero, pesquise a definição.

Não me tomem por puritano, não sou; é apenas um ponto de reflexão. Imagine essa sociedade onde o resultado é o que importa e os objetivos a serem alcançados são os excessos, o hedonismo e a fama. Será que você consegue entender o que é educar uma criança sustentada por valores como esses?

Fazê-la entender a importância da política, da ética, da moral? Fatalmente irá concordar que é uma torre de Babel, nesse quesito não há entendimento, são línguas diferentes, são valores diferentes, são prioridades e objetivos diferentes. Talvez não precisemos de novas leis, mas sim de rever nossos valores. Por isso estou iniciando um novo projeto, o de capacitar educadores na formação prática e docente da meditação; com isso, incluir a meditação nas escolas como par te fundamental na formação de nossas crianças.

Apresentar conceitos como higienização mental, inteligência emocional e reconhecimento de suas próprias capacidades. Creio que esse seja um bom primeiro passo para a reformulação de nossos valores; de nossa sociedade.


Interessou-se e quer participar do curso?
Entre em contato comigo, já temos uma turma grande. E nesse novo ano, quais serão seus valores,
quais serão suas prioridades?

Marcus Dultra é fisiologista, acupunturista e especialista clínico em medicina tradicional chinesa.

Contatos: (73) 9911-8146 | 8833-4470 | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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